sábado, 12 de novembro de 2011

Estava vendo uns papéis antigos,



Folhando velhos diários sabe? Comecei à ler alguns rascunhos, e então encontro páginas rasuradas por lágrimas, aquelas marcas espalhadas pelo papel, sinais de que um dia já foram molhadas de alguma forma; como eu disse, apenas lágrimas. Os motivos eu sei, sei e dói lembrar, foi por aquele motivo que todos sorriem e depois choram; isto, o amor… pelo menos era o que eu achava. Falando em achar, eu acho mesmo que gosto de você, aliás, que te amo. Eu fui contra mim mesma para te amar, acredite. Eu prometi à mim mesma, sobre aquelas páginas rasuradas que eu jamais iria amar ninguém outra vez, mas você apareceu e mudou tudo. Mudou pra melhor, claro que sim, mas já consigo ver os machucados, mesmo que de leve… Quando se afasta, machuca… Quando te imagino longe, abre-se um buraco profundo, incurável, pois sei que pode acontecer à qualquer momento, não estou preparada, mas será inevitável, como todas as outras vezes. Fico te imaginando sorrindo, como uma boba, e sorrio também… Depois começo a chorar sem saber parar, o coração começa a doer, e eu nunca entendo ao certo porque tanto medo. Uma vez meu pai me disse que o amor é só uma vez, que quando é forte mas depois vai embora, não se deve confiar outra vez. Então fico pensando: Se você me deixar, o que vai acontecer com meu coração?… Com toda certeza, irá junto com você, seja pra onde quer que vá, ele irá te acompanhar, e eu também, o tempo todo, nem que seja só pelas lembranças, estarei com você. Nos sonhos vou tentar te tocar, e quando estiver prestes à acordar, vou pedir pra me procurar e ficar te esperando durante o dia todo, imaginando que você virá me encontrar. Nos finais de semana quando eu me sentir sozinha, vou te mandar uma mensagem dizendo que quero sua companhia, que dessa vez estarei pronta no horário, e que nunca mais te deixarei esperando, em nenhum momento. Vou pegar aquela blusa que eu gostava de usar, que abraçada com você, capturava seu cheiro e trazia comigo para a casa, vou a abraçar forte, como se fosse você, e chorar, chorar e chorar. Mais uma vez, estou sobre o meu diário escrevendo sobre o que sinto, rasurando páginas com lágrimas, prometendo à mim mesma que se um dia você partir, eu também partirei para sempre…

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